Astrônomos capturam a primeira imagem de galáxias na teia cósmica

Astrônomos capturam a primeira imagem de galáxias na teia cósmica

Astrônomos realizaram uma descoberta impressionante ao identificar um filamento espetacular na teia cósmica, uma estrutura colossal que é aproximadamente 30 vezes maior que a nossa Via Láctea. Este filamento interliga duas galáxias ativas que já existiam quando o universo contava apenas com 2 bilhões de anos, e abrigam buracos negros supermassivos que se alimentam de matéria.

A teia cósmica é formada por diversos filamentos repletos de gás, que servem como componentes essenciais para a formação de estrelas nas galáxias. O líder da pesquisa, Davide Tornotti, comentou: “Ao capturar a luz fraca emitida pelo filamento, que viajou por 12 bilhões de anos para alcançar a Terra, conseguimos caracterizar seu formato com precisão.”

Esta marca histórica representa a primeira vez em que os cientistas conseguiram usar medidas diretas para delinear a separação entre o gás das galáxias e o material presente na teia cósmica. Essa tarefa não é simples, pois os filamentos da teia são compostos de matéria escura, um material que recebe essa denominação por não interagir com a luz, tornando-se, portanto, invisível.

Os pesquisadores dedicaram diversas horas de observação à estrutura, utilizando o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer), que está instalado no Very Large Telescope, localizado no Chile. Após a coleta de dados, eles criaram simulações em um supercomputador para calcular as emissões que deveriam aparecer nos filamentos gasosos, baseando-se no modelo padrão da cosmologia.

“Ao compararmos a nova imagem da teia cósmica em alta definição, encontramos uma correspondência significativa entre a teoria atual e as observações”, completou Tornotti. Agora, os cientistas têm como objetivo descobrir mais filamentos da teia. “Estamos coletando dados adicionais para revelar mais estruturas semelhantes, com a ambição final de entender como o gás se distribui e flui pela teia cósmica”, concluiu.

Os resultados desse estudo inovador foram publicados na prestigiada revista Nature Astronomy.

Esta conquista não só avança nosso entendimento sobre a formação das galáxias, mas também lança luz sobre a complexa estrutura do cosmos que nos rodeia.