A comunidade científica está em polvorosa com a recente descoberta de uma rápida explosão de rádio, conhecida pela sigla FRB 20240209A. Este fenômeno sem precedentes foi localizado fora de uma galáxia considerada morta, uma ocorrência que nunca havia sido documentada até o momento.
A hipótese levantada pelos astrônomos sugere que essa Fast Radio Burst (FRB), em tradução livre, pode ter se originado em um aglomerado de estrelas mortas que orbita a galáxia já inativa. Essa teoria abre novas perspectivas sobre a origem e as características dessas explosões radioativas.
A descoberta foi realizada pelo Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment Fast Radio Burst (CHIME/FRB), utilizando um dos telescópios de rádio CHIME/FRB Outrigger, situado em Nova Jersey, EUA. O artigo que detalha o evento foi publicado no final de janeiro na prestigiada revista Astrophysical Journal Letters.
No comunicado à imprensa, o autor principal do estudo, Vishwangi Shah, enfatizou a singularidade dessa descoberta: "Esta não é apenas a primeira FRB a ser encontrada fora de uma galáxia morta, mas também a mais distante da galáxia à qual está associada", declarou.
"A localização da FRB é surpreendente e levanta questões sobre como tais eventos energéticos podem ocorrer em regiões onde nenhuma nova estrela está se formando”, acrescentou Shah.
As FRBs são flashes intensos de ondas de rádio que duram apenas milissegundos e emanam de galáxias localizadas a milhões de anos-luz de distância. Embora a maioria dos eventos seja única, algumas FRBs se repetem esporadicamente, o que facilita a identificação de suas localizações no céu.
A coautora do estudo e fellow da NASA Einstein, Tarraneh Eftekhari, também comentou sobre a descoberta: "Isso desafia a compreensão anterior das FRBs e destaca o papel significativo que seus ambientes desempenham na revelação de suas origens”.
Essa nova pesquisa não apenas expande o conhecimento sobre as FRBs, mas também provoca questionamentos sobre a dinâmica de regiões galácticas já consideradas inativas. Com esse avanço, os cientistas podem explorar novas teorias e investigações sobre as origens dessas explosões enigmáticas.
Para mais detalhes sobre este estudo fascinante, consulte a publicação na Astrophysical Journal Letters.
