Carro de Elon Musk no Espaço é Confundido com Asteroide Próximo à Terra

Carro de Elon Musk no Espaço é Confundido com Asteroide Próximo à Terra

No dia 2 de janeiro, o Minor Planet Center (MPC) emitiu um alerta sobre a descoberta de um asteroide que se aproximava da Terra, gerando preocupações sobre uma possível colisão devido à sua proximidade. Entretanto, algumas horas após o anúncio, o órgão ligado à União Astronômica Internacional (IAU) desconsiderou o alerta, revelando que o objeto em questão era, na realidade, bastante conhecido.

O que inicialmente foi confundido com um asteroide era, na verdade, o famoso carro de Elon Musk, um Tesla Roadster que foi lançado ao espaço em fevereiro de 2018, a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX. Desde então, o veículo, que transporta um manequim denominado Starman no banco do motorista, tem seguido uma longa trajetória pelo cosmos.

Antes de esclarecer a verdadeira identidade do objeto, o MPC havia designado-o como “2018 CN41”, em referência ao ano e mês em que foi avistado pela primeira vez. As primeiras observações indicavam uma órbita excêntrica que o levaria para dentro da órbita da Lua, a menos de 240 mil km da Terra.

Contudo, após uma revisão mais aprofundada dos dados, os astrônomos descobriram que a órbita em questão correspondia ao objeto artificial 2018-017A, que se refere ao estágio superior do foguete da SpaceX que continua a transportar o carro de Musk em sua jornada espacial. O MPC confirmou: “A designação 2018 CN41 está sendo excluída e será listada como omitida”, afirmou em comunicado.

Desde que foi lançado, o carro elétrico de Musk tem vagado pelo espaço por quase sete anos e, segundo estimativas feitas na época do lançamento, há uma probabilidade de 22% de que ele colida com a Terra, embora isso deva ocorrer em milhões de anos.

Os cientistas que realizaram essas previsões também indicaram que o veículo deverá se aproximar da Terra novamente por volta de 2047. Além disso, há uma chance de que o carro encontre outros corpos celestes, com 12% de probabilidade de colidir com Vênus e também 12% de chance de cair no Sol.

A confusão gerada entre os astrônomos não é um evento isolado; outros objetos no espaço também já enfrentaram situações semelhantes. Um exemplo notório foi a nave espacial Rosetta, da Agência Espacial Europeia, que em 2007 foi erroneamente classificada como um asteroide.