Matemática Oculta nas Obras de Leonardo da Vinci e Mondrian: Uma Nova Descoberta Científica

Matemática Oculta nas Obras de Leonardo da Vinci e Mondrian: Uma Nova Descoberta Científica

Cientistas realizaram uma descoberta fascinante ao analisar representações de árvores em obras icônicas de artistas como Leonardo da Vinci e Piet Mondrian. A pesquisa revelou padrões matemáticos que influenciam a percepção humana do mundo natural, destacando como a estrutura dos galhos se divide de maneira organizada, algo que percebemos instintivamente.

Pesquisadores das Universidades do Novo México e de Wisconsin já conheciam a lógica de similaridade que rege o padrão de ramificação das árvores na natureza, um conceito conhecido como fractal. Este padrão se caracteriza pela repetição de estruturas em escalas cada vez menores. Curiosamente, até mesmo em obras de arte abstrata, como as de Mondrian, essa matemática oculta se faz presente, permitindo que os observadores reconheçam as árvores representadas.

A Relação entre Árvores e Matemática na Arte

Para conduzir o estudo, os cientistas examinaram diversas obras de arte que retratam árvores, focando na grossura dos galhos e na forma como os artistas representam essa grossura conforme os galhos se ramificam. A partir dessa análise, foram elaboradas regras matemáticas baseadas no diâmetro de cada galho, além de um cálculo aproximado do número de galhos de diferentes diâmetros.

As formas artísticas e suas estruturas fractais foram comparadas com teorias sobre a grossura dos galhos desenvolvidas na biologia. O renomado artista Leonardo da Vinci, por exemplo, observou que os galhos de árvores mantêm uma proporção de grossura à medida que se dividem. Para isso, ele introduziu um parâmetro chamado α, que define as relações entre os diâmetros de diferentes galhos.

"Se a grossura de um galho é igual à soma das grossuras de seus dois ramos menores, então α é igual a 2." – Leonardo da Vinci

Os cientistas analisaram representações de árvores em diversas culturas, incluindo os arabescos do século XVI na Mesquita de Sidi Sayyed, na Índia, pinturas do período Edo no Japão e até mesmo obras de arte abstrata do século XX. Os resultados mostraram que o valor de α variou entre 1,5 e 2,8 nas obras estudadas, revelando uma semelhança notável com as taxas observadas nas árvores do mundo natural.

Mesmo em trabalhos abstratos, como a pintura "Árvore Cinza" de Mondrian, datada de 1912, é possível identificar representações de árvores, desde que um valor realista para α seja aplicado. Em contraste, na obra "Macieira Desabrochando", a proporção não se mantém, levando os espectadores a verem formas que lembram peixes, barcos e outras imagens, em vez de uma árvore.

Integração de Matemática e Arte

A pesquisa sobre a presença de árvores na arte é um exemplo notável de como a matemática pode se interligar em diferentes disciplinas, abrangendo desde as artes até as ciências humanas. Essa intersecção nos ajuda a compreender melhor o mundo natural e social, revelando como análises que podem parecer abstratas têm um impacto significativo na nossa percepção.

Na próxima vez que você observar um desenho de árvore, lembre-se de que a aparência realista dos galhos que você admira se deve a princípios matemáticos que governam sua estrutura.

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