Um estudo realizado por físicos da Universidade Yale trouxe novas descobertas sobre como o ouvido humano amplifica sons, consegue tolerar explosões sonoras intensas e distingue uma ampla gama de frequências. O artigo, publicado no dia 2 de outubro, investiga a cóclea, uma estrutura em forma de espiral localizada no ouvido interno.
Os pesquisadores identificaram uma camada adicional de complexidade dentro da cóclea, revelando detalhes fascinantes sobre a capacidade e a precisão da audição humana. Conforme descrito no estudo, o som é transformado em sinais elétricos na cóclea, permitindo que os indivíduos detectem sons com frequências que abrangem três ordens de magnitude e mais de um trilhão de vezes em alcance de potência, incluindo até mesmo pequenas vibrações no ar.
Objetivos do Estudo
O principal objetivo dos experimentos realizados foi entender como o ouvido consegue se ajustar para detectar sons fracos sem se tornar instável e como responde mesmo na ausência de estímulos sonoros externos. Os cientistas observaram que “cada tom puro ressoa em um ponto específico deste órgão espiral”, e que as células localizadas nesse ponto informam ao cérebro qual tom está sendo ouvido.
O Papel das Células Ciliadas
As células ciliadas presentes na cóclea desempenham uma função vital como amplificadores mecânicos. Elas são responsáveis por bombear energia nas ondas sonoras, ajudando a neutralizar o atrito. Segundo os pesquisadores, “bombear a quantidade correta de energia e fazer ajustes contínuos é essencial para uma audição precisa”.
Além disso, o som gera ondas de superfície ao longo da membrana basilar da cóclea. Para alcançar a notável resolução de frequência e a sensibilidade a sons fracos, a dissipação na cóclea precisa ser compensada por processos ativos nas células ciliadas, levando a cóclea aos limites da instabilidade.
Importância das Descobertas
Essas descobertas são parte de um esforço maior da ciência em desvendar os cinco sentidos. Pesquisas anteriores mostraram interações entre o olfato e a audição no cérebro, por exemplo. Compreender a fundo o potencial da audição é crucial, pois pode abrir portas para o desenvolvimento de tratamentos inovadores, como a terapia genética, que pode reverter a surdez.
Essas novas descobertas da Universidade Yale não apenas ampliam o conhecimento sobre os mecanismos da audição, mas também destacam a complexidade e a eficiência do sistema auditivo humano.