Um novo estudo publicado na Journal of the American Medical Directors Association em fevereiro deste ano, trouxe à tona resultados significativos sobre a relação entre atividade física e o risco de demência. A pesquisa, conduzida por cientistas da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, indica que mesmo a prática de exercícios físicos em pequenas quantidades, mas com intensidade moderada a alta, pode contribuir para a diminuição do risco de demência, especialmente em idosos que se encontram em situação de fragilidade.
O estudo revelou que dedicar apenas 35 minutos por semana a atividades físicas está associado a uma redução de 41% no risco de desenvolver demência ao longo de um período médio de quatro anos de acompanhamento dos participantes. Os dados foram coletados de quase 90.000 adultos residentes no Reino Unido, utilizando dispositivos de monitoramento de atividades durante o intervalo de fevereiro de 2013 a dezembro de 2015.
Resultados do Estudo
Os pesquisadores observaram um efeito progressivo: quanto maior a quantidade de atividade física realizada, menor o risco de surgimento de doenças neurodegenerativas. Os dados indicam as seguintes reduções no risco de demência:
Além disso, um relatório de 2019 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em parceria com a Alzheimer's Disease International (ADI), apontou que mais de 50 milhões de pessoas no mundo vivem com demências, com esse número crescendo a cada três segundos. Somente na região das Américas, mais de 10 milhões de pessoas estão enfrentando essa condição debilitante.
Esses achados reforçam a importância de incluir a atividade física na rotina, especialmente para a população idosa, como uma estratégia eficaz para a prevenção de doenças neurodegenerativas.