O mais recente relatório fiscal da Intel trouxe à tona uma realidade preocupante para a gigante da tecnologia: o segmento de processadores para servidores, conhecido como Xeon, enfrentou a maior queda de vendas em 13 anos. Essa tendência negativa já havia se iniciado em 2022 e, segundo as projeções, deve continuar em 2024, com a empresa prevendo o envio de menos de um milhão de unidades ao final do ano.
Em comparação com o auge de 2020, quando a Intel enviou cerca de 1,7 milhão de unidades de CPUs Xeon, a situação atual é alarmante. O ano de 2024 deverá fechar com menos da metade desse número, evidenciando uma queda acentuada na demanda por seus processadores de data center.
Reconhecimento da Competição
Durante a apresentação dos resultados, a co-CEO interina da Intel, Michelle Johnston, reconheceu a superioridade da concorrente AMD no mercado de processadores, especialmente com suas soluções EPYC. Johnston afirmou:
"Portanto, acho que não seria incompreensível que eu colocasse um produto de data center do lado de fora, se isso significasse que eu atingiria o produto certo, a janela de mercado certa e o desempenho certo para meus clientes."
Crescimento da AMD e Mudança no Cenário
Enquanto a Intel vê suas vendas declinarem, a AMD tem experimentado um crescimento robusto nesse mesmo segmento. O mais recente relatório fiscal do Time Vermelho indica que as vendas da 4ª geração de CPUs EPYC aumentaram em dígitos percentuais de dois dígitos, atraindo grandes clientes como Amazon, Google e Microsoft.
Essa mudança de cenário é significativa e histórica, já que a Intel sempre dominou o mercado de processadores, tanto para PCs quanto para servidores. A ascensão da AMD com suas linhas de produtos Ryzen e EPYC está desafiando esse status quo e mudando as dinâmicas competitivas no setor.
O futuro da Intel em um mercado cada vez mais competitivo depende de sua capacidade de inovar e se adaptar às novas demandas e desafios impostos por concorrentes como a AMD.
