A Samsung está implementando mudanças significativas em seu chip de memória DRAM de 6ª geração, conhecido como 1c, com o intuito de aprimorar as taxas de rendimento e consolidar uma vantagem competitiva no desenvolvimento do próximo processo de memória HBM4 (High Bandwidth Memory). Esta movimentação é considerada interna e criticamente necessária para que a empresa recupere sua credibilidade no mercado de memórias de alto desempenho.
O redesenho do chip acontece em um momento delicado, uma vez que a Samsung tem enfrentado forte concorrência de empresas como SK Hynix e Micron, que já avançaram consideravelmente no desenvolvimento de seus próprios chips DRAM de última geração. A urgência dessa iniciativa se intensifica ainda mais, dado que a geração anterior, HBM3, enfrentou sérios problemas de adoção na indústria, recebendo até mesmo críticas do CEO da NVIDIA, Jensen Huang. Em uma declaração contundente, o executivo afirmou que "não pode confiar no processo HBM da Samsung nem em seus engenheiros".
Diante desse cenário desafiador, o sucesso do novo projeto pode ser decisivo para o futuro da Samsung no competitivo setor de memórias de alto desempenho.
Importância do 1c DRAMO chip 1cDRAM é essencial para o sucesso da próxima geração de memórias HBM4. Sua relevância se torna ainda mais clara quando se considera o fiasco do HBM3, que apresentou problemas como superaquecimento, consumo de energia elevado, além de atrasos na produção e desempenho insatisfatório, especialmente em aplicações de IA.
O desenvolvimento do 1cDRAM tem enfrentado desafios consideráveis desde o início. O principal obstáculo identificado é a baixa taxa de aproveitamento na produção, que atualmente está abaixo do mínimo aceitável de 60% a 70%. Além disso, o tamanho do chip tem se mostrado um impedimento, sendo considerado excessivamente grande para os padrões atuais da indústria.
Inicialmente, a Samsung tinha como meta reduzir o tamanho do componente para aumentar o volume de produção. No entanto, essa abordagem comprometeu a estabilidade do processo de fabricação, resultando em taxas de rendimento ainda mais baixas. Em resposta, a empresa alterou sua estratégia e agora está focando em aumentar o tamanho do chip para melhorar a estabilidade e, consequentemente, as taxas de rendimento.
Embora essa nova abordagem possa resultar em custos mais altos, a companhia sul-coreana está otimista quanto à possibilidade de alcançar resultados positivos até o final do primeiro semestre de 2025.
A Corrida Contra o Tempo
A urgência da Samsung em aprimorar seu chip 1cDRAM é evidente, especialmente em um cenário onde concorrentes como SK Hynix e Micron já obtiveram sucesso nessa área. A reputação da empresa foi severamente abalada devido aos problemas enfrentados no desenvolvimento e na adoção do HBM3, o que impactou negativamente sua relação com parceiros cruciais da indústria.
O fracasso do HBM3 resultou em uma perda significativa de confiança por parte de clientes estratégicos, como a já mencionada NVIDIA, e provocou críticas públicas em relação ao desempenho das memórias da Samsung.