Recentemente, a Uralvagonzavod, a principal fabricante de tanques de guerra da Rússia, anunciou uma nova versão do renomado T-90M. Este modelo atualizado contará com o sistema de interceptação de projéteis Arena-M, que deverá fortalecer a capacidade do exército russo em seu conflito em andamento contra a Ucrânia.
Um vídeo divulgado nas redes sociais pela fabricante ilustra algumas das impressionantes capacidades do tanque, especialmente em condições invernais. A grande inovação trazida pelo Arena-M é a tecnologia que aumenta a resistência dos veículos blindados contra ataques de artilharia antitanque, incluindo drones kamikaze, mísseis guiados e armamentos como RPGs.
Como Funciona o Sistema Arena-M
Diferente dos métodos tradicionais de defesa, o sistema Arena-M utiliza um radar que monitora constantemente o ambiente à sua volta em busca de projéteis. Quando uma ameaça é detectada, o tanque é capaz de rastrear e interceptar os ataques antes que eles atinjam sua estrutura. Essa tecnologia é projetada para diferenciar de forma inteligente entre projéteis de grande porte e armamentos menores, como fragmentos e armas leves.
“Finalmente revelado oficialmente o T-90M com o sistema Arena-M APS.”
A introdução do sistema Arena-M nos tanques T-90M deve proporcionar uma redução significativa nas perdas de tropas russas durante os confrontos. Apesar de serem considerados os veículos mais avançados em sua categoria, estima-se que pelo menos 120 desses tanques tenham sido destruídos desde o início do conflito, conforme análises de empresas de inteligência, como a Oryx.
Desafios e Expectativas
Embora o Arena-M ofereça um alto nível de proteção, é importante ressaltar que os tanques ainda enfrentam dificuldades frente a artilharia pesada fornecida por países ocidentais, que incluem ataques extremamente precisos. Assim, a capacidade de interceptação de projéteis do novo sistema pode representar uma mudança significativa no desenrolar da guerra.
No entanto, a confiança depositada no Arena-M é acompanhada de cautela, uma vez que o sistema ainda não passou por testes amplamente comprovados em campo, levantando questões sobre a eficácia da tecnologia em situações reais de combate. Assim, resta acompanhar os desdobramentos do conflito para verificar se a inovação russa será capaz de se equiparar aos armamentos utilizados pelas forças ucranianas.