Polícia Militar de São Paulo realiza testes com novas câmeras corporais em operação experimental

Polícia Militar de São Paulo realiza testes com novas câmeras corporais em operação experimental

A Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) deu início a uma fase de testes para um novo modelo de câmera corporal portátil (COP), com a previsão de que o equipamento seja adotado pela corporação em um futuro próximo. O período de avaliação começou na quarta-feira, dia 29 de novembro, e se estenderá até 21 de março de 2024, na região de São José dos Campos.

Conhecida como “Operação Assistida”, a fase experimental contará com a utilização de 120 unidades do dispositivo, fabricado pela empresa Motorola. O principal objetivo deste teste é analisar a robustez do equipamento e a eficácia do sistema de gestão de evidências em um ambiente real de operação policial.

As novas câmeras corporais da PM-SP possuem um sistema de acionamento que permite que os policiais as ativem manualmente. Além disso, há a opção de ativação remota pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) durante todas as ocorrências registradas. Os supervisores diretos dos policiais em ação também têm a capacidade de ligar os equipamentos à distância.

“As câmeras aumentam a nossa condição de ter a imagem de uma ocorrência, facilitam a ação do policial quando está em uma situação de risco e até mesmo servem de provas para a elucidação de futuros crimes”, afirmou o coronel Luiz Fernando Alves, chefe do Comando de Policiamento do Interior I.

Diferente do equipamento atualmente em uso, que realiza gravações contínuas de todas as atividades dos agentes, a COP da Motorola conta com um mecanismo de pré-buffer. Esse sistema permite que, ao ser acionada, a câmera registre automaticamente 90 segundos de áudio e vídeo do que ocorreu antes da ativação, garantindo uma cobertura mais eficaz dos eventos.

Ao todo, a PM-SP adquiriu mais de 12 mil dessas novas câmeras corporais, que deverão ser distribuídas por todo o estado após a conclusão do experimento. O teste estará sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao final da “Operação Assistida”, a corporação elaborará um relatório detalhado sobre os resultados obtidos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a implementação das novas câmeras não afetará o sistema de gravação atual das ações policiais. As mais de 10 mil câmeras fabricadas pela Axon continuarão a ser utilizadas normalmente, garantindo a continuidade das operações de registro em vídeo.