Um novo relatório elaborado pelo Consumer Intelligence Research Partners (CIRP) indica que os consumidores estão fazendo a troca de seus smartphones por iPhones em um intervalo de tempo cada vez menor. Essa mudança de comportamento marca uma reviravolta em relação à tendência observada desde 2021, um período que coincide com o impacto da pandemia de COVID-19.
De acordo com os dados da pesquisa realizada em dezembro do ano passado, 9% dos entrevistados adquiriram um iPhone após menos de um ano de uso de seu smartphone anterior. Além disso, 27% dos consumidores optaram pela troca após um a dois anos com o dispositivo prévio. Para efeito de comparação, no ano anterior, as porcentagens de compradores que trocaram seus celulares mais rapidamente eram de 7% e 24%, respectivamente.
Por outro lado, a pesquisa também revelou uma diminuição no número de pessoas que mantêm seus smartphones por mais de dois anos. Em 2023, 69% dos consumidores se encaixavam nessa faixa de tempo, uma queda significativa em relação a 63% no ano anterior.
Possíveis Fatores para a Troca Acelerada
Embora o estudo não tenha fornecido explicações diretas para esse fenômeno, o portal MacRumors destacou algumas possíveis causas que podem estar influenciando a frequência das trocas de dispositivos. Um dos principais fatores citados é a introdução da inteligência artificial com a funcionalidade Apple Intelligence nos mais recentes modelos de iPhone. Este novo conjunto de recursos inclui ferramentas para geração e resumo inteligente de textos, bem como opções avançadas de edição de fotos e vídeos.
Além disso, promoções oferecidas por operadoras de telefonia móvel também podem ter contribuído para essa mudança nas dinâmicas de compra.
É importante ressaltar que, apesar do aumento nas trocas antecipadas por um iPhone, a demanda geral pelos dispositivos da Apple parece não estar tão elevada. Isso sugere uma crescente divisão entre os diferentes perfis de consumidores: a parcela mais entusiasta está cada vez mais engajada e disposta a adquirir a nova geração de iPhones mais cedo, enquanto os consumidores mais casuais tendem a demorar mais para atualizar seus smartphones.