A Apple enfrenta a possibilidade de ser forçada a eliminar um recurso de privacidade de dados em território francês, caso uma decisão judicial se revele desfavorável para a empresa. O processo, que está em sua fase final, deve ter seu resultado anunciado em março de 2025.
A investigação em curso é conduzida pela autoridade reguladora da França, que, após dois anos de avaliação, concluiu que a ferramenta em questão, conhecida como App Tracking Transparency (ATT), representa uma prática anticompetitiva no mercado.
Conforme os documentos apresentados durante a investigação, o ATT seria uma forma da Apple "abusar de sua posição dominante ao implementar condições discriminatórias, não objetivas e nada transparentes para o uso de dados com fins publicitários". Em consequência, o órgão regulador pode solicitar a suspensão do recurso, o que afetaria apenas a França, mas que poderia se estender a outras regiões, dependendo da dificuldade da Apple em manter o recurso ativo em um único país. Além disso, a empresa pode ser multada em até 10% de sua receita anual.
A decisão do tribunal permitirá que a Apple recorra da decisão. A companhia já se manifestou anteriormente, afirmando que cumpre rigorosamente todas as normas de proteção de dados e privacidade, destacando que o ATT "simplesmente oferece ao usuário a escolha" de permitir ou não o rastreamento por aplicativos e o compartilhamento de informações pessoais.
A França já impôs outras regulamentações à Apple por questões de segurança. Nos últimos anos, a empresa teve que retirar temporariamente o iPhone 12 de circulação no país devido a preocupações sobre a radiação emitida pelo dispositivo e também foi multada por coleta ilegal de dados para anúncios direcionados.
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