Um homem de 62 anos foi condenado a 24 anos e quatro meses de prisão nos Estados Unidos por sua participação na administração de sites que compartilhavam imagens de abuso sexual infantil, também conhecidas como CSAM (Child Sexual Abuse Material). A sentença foi proferida na última quinta-feira, dia 27, após o acusado ter se declarado culpado em abril do ano anterior.
De acordo com as investigações, Louis Donald Mendonsa operava quatro sites na dark web, que permaneceram ativos entre dezembro de 2021 e novembro de 2022, período em que foi preso. Nesses sites, o réu facilitava a promoção, a distribuição e a troca de conteúdos ilícitos relacionados a menores de idade.
Documentos judiciais indicam que as plataformas promoviam materiais extremamente perturbadores, incluindo imagens que retratavam abusos a bebês e crianças pequenas. Isso resultou em um total de sete acusações contra Mendonsa por distribuição de CSAM e uma acusação por posse. As páginas eram acessíveis apenas por meio do navegador Tor, o que dificulta o rastreamento por parte das autoridades.
As atividades criminosas de Mendonsa foram descobertas após ele acessar um dos sites de pornografia infantil em uma cafeteria localizada em Sacramento, Califórnia. O uso da rede de Wi-Fi pública do estabelecimento possibilitou que as autoridades rastreassem suas atividades na internet.
As buscas realizadas nos dispositivos que o homem utilizava para administrar as páginas, no momento de sua detenção, revelaram uma quantidade alarmante de conteúdos ilegais. Em um dos discos rígidos de seu computador, foram encontrados mais de 11 mil imagens, das quais 6,5 mil identificavam as vítimas dos abusos.
Este caso faz parte do Project Save Childhood, uma iniciativa do Departamento de Justiça dos EUA que opera desde 2006, com o objetivo de combater a exploração sexual infantil. Este projeto reúne diversas agências que trabalham em conjunto para rastrear, prender e processar indivíduos envolvidos em atos de exploração de crianças.
