A DeepSeek, uma ferramenta de inteligência artificial originária da China, tem gerado grande interesse global, mas a Marinha dos Estados Unidos não vê sua utilização com bons olhos. Em uma comunicação divulgada na última sexta-feira (24) e reportada pela CBNC, as autoridades militares emitiram um alerta para que todos os integrantes das forças armadas evitem utilizar essa IA.
O comunicado foi oficialmente confirmado por um representante da instituição militar, que destacou a DeepSeek como uma potencial ameaça à segurança nacional. O porta-voz mencionou que existem “preocupações éticas e de segurança associadas à origem e ao uso do modelo”. Como resultado, todos os oficiais e membros em diversas posições dentro da hierarquia militar foram expressamente advertidos a não utilizar o serviço sob nenhuma circunstância.
Riscos de Segurança e Informações Confidenciais
A principal preocupação do alto escalão da marinha americana é que os militares possam inadvertidamente inserir informações confidenciais que poderiam alimentar a base de dados da DeepSeek. Sendo uma empresa chinesa, rival dos EUA em termos de conhecimento científico e capacidades bélicas, é compreensível que as autoridades estadunidenses estejam alarmadas com os possíveis riscos.
Recentemente, uma reportagem da Mashable destacou que a IA chinesa pode coletar uma quantidade ainda maior de dados do usuário do que o famoso aplicativo TikTok. Em resposta a essa inquietação, o governo da Itália também tomou medidas, exigindo que a empresa por trás da DeepSeek forneça explicações detalhadas em um prazo de 20 dias sobre como os dados dos usuários são coletados e armazenados, ressaltando que as informações de “milhões de italianos podem estar em risco”.
Preocupações com Dados Pessoais
A decisão da marinha dos EUA de proibir o uso da DeepSeek não se baseia apenas na origem chinesa da ferramenta, mas também no fato de que se trata de um assistente de IA que pode ser alimentado por dados dos usuários. Apesar de empresas renomadas como Google, OpenAI, Microsoft e a própria DeepSeek afirmarem que suas IAs não utilizam dados pessoais para treinar seus modelos, essa é uma questão que continua a ser objeto de intenso debate nos últimos anos.
Além disso, fica evidente a falta de lógica em permitir que os militares da maior potência bélica do mundo utilizem um aplicativo ou recurso não oficial para armazenar ou manipular informações confidenciais que são cruciais para a segurança nacional.
