O governo da China deu início a investigações contra a Google e diversas empresas dos Estados Unidos, como parte do crescente embate comercial entre os dois países. Esta ação foi anunciada pelo órgão regulador de mercado chinês nesta terça-feira, 4 de outubro, e marca mais um capítulo nas tensões comerciais que se intensificaram com a nova gestão de Donald Trump.
O processo administrativo contra a Google está baseado em alegações de violação da legislação antimonopólio da China. Até o momento, não foram divulgados detalhes específicos sobre quais regras a empresa teria infringido, e a Google ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.
Além da Google, o governo chinês também está investigando outras empresas americanas, incluindo grifes renomadas como Calvin Klein e Tommy Hilfiger, além de fabricantes de maquinários agrícolas como Caterpillar, Deere & Co e AGCO. Essas empresas foram classificadas como "não confiáveis" pelo governo, o que pode levar a restrições em suas atividades comerciais na China.
A recente ação governamental também envolve a imposição de novas tarifas sobre produtos provenientes dos Estados Unidos, incluindo veículos de várias categorias, além de gás natural e petróleo. A exportação de minérios para os EUA será suspensa por tempo indeterminado, uma medida que reflete a escalada nas tensões comerciais.
Essas ações foram confirmadas logo após Donald Trump anunciar novos impostos sobre produtos da China, do Canadá e do México. No caso do Canadá e do México, as negociações em andamento possibilitaram um adiamento de um mês no início das cobranças.
Vale destacar que a Google já enfrenta investigações nos Estados Unidos por supostas práticas anticompetitivas. As discussões preliminares sugerem que a empresa poderia ser dividida, com a venda de divisões, como o sistema operacional Android e o navegador Google Chrome. Contudo, a continuidade desse processo permanece incerta sob a gestão de Trump.