Em um movimento que reflete uma tendência crescente entre as grandes empresas de tecnologia, o Google anunciou a suspensão de seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. A notícia foi comunicada internamente por meio de um e-mail enviado na quarta-feira, 5 de outubro, conforme reportado pelo The Wall Street Journal.
A Fiona Cicconi, chefe de Recursos Humanos do Google, explicou que, como a empresa é uma contratada federal, suas equipes estão revisando as mudanças necessárias em seus programas para se alinhar às decisões recentes da corte dos Estados Unidos e às ordens executivas do governo. Em suas declarações, Cicconi afirmou:
“Como somos um contratado federal, nossos times também avaliam mudanças em nossos programas exigidos para atender às decisões da corte dos Estados Unidos e às ordens executivas do governo sobre o assunto.”
Além do fim das iniciativas focadas em DEI, o Google também anunciou que não realizará mais contratações direcionadas a diversidade, equidade e inclusão. Um porta-voz da empresa comentou ao The Verge que a companhia permanece “comprometida em criar um ambiente de trabalho onde os funcionários possam prosperar e ter oportunidades iguais”.
Outro ponto relevante é que, apesar da suspensão das contratações voltadas para diversidade, o Google continuará a manter grupos de recursos para funcionários pertencentes a minorias, embora deixará de publicar relatórios relacionados a DEI.
Este movimento do Google se alinha com decisões semelhantes tomadas anteriormente pela Meta e pela Amazon, que também encerraram seus programas de diversidade e inclusão nos Estados Unidos no mês de janeiro. Embora nenhuma dessas empresas tenha oferecido uma justificativa clara para essa mudança nas políticas de inclusão, o contexto político atual parece influenciar essas ações.
O fortalecimento da relação das Big Techs com o atual governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, que é notoriamente crítico das políticas voltadas para diversidade e inclusão, pode ter contribuído para essa decisão. Assim, o Google se junta a um movimento maior entre as gigantes da tecnologia, que estão reavaliando suas abordagens em relação à diversidade em meio a um cenário político conturbado.