O governo do México anunciou que poderá processar o Google caso a gigante da tecnologia não reverta a recente alteração no nome do Golfo do México, que foi alterado para Golfo da América no Google Maps. A declaração foi feita pela presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, durante uma coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira, dia 18.
“Esperaremos a resposta do Google e, se não recebermos, iremos para o tribunal”, afirmou Sheinbaum.
A solicitação formal para a reversão do nome foi encaminhada ao vice-presidente de políticas públicas e assuntos governamentais do Google, Cris Turner. A mudança na nomenclatura ocorreu no final de janeiro de 2025 e tem impacto significativo, especialmente nas consultas realizadas a partir dos Estados Unidos. Vale ressaltar que a mesma alteração foi aplicada também no Apple Maps.
Em outros países, como o Brasil, a região é apresentada como “Golfo do México (Golfo da América)”, o que indica que o nome alternativo é considerado, mas não substitui a nomenclatura tradicional.
O Google, ao justificar a atualização, afirmou que a mudança não foi feita de forma arbitrária, mas sim com base em fontes oficiais, como o Geographic Names Information System (GNIS), que é utilizado como referência pela empresa. Cris Turner defendeu a política do Google, destacando que a empresa sempre busca seguir diretrizes que garantam a representação mais precisa e atualizada dos recursos geográficos.
“Embora tratados e convenções internacionais não regulem como provedores de mapas privados devem representar recursos geográficos, seguimos a política consistente de consultar múltiplas fontes”, explicou Turner.
O Golfo do México é conhecido por esse nome desde 1607 e mantém essa nomenclatura reconhecida até mesmo pela Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, a alteração foi influenciada por um decreto assinado por Donald Trump assim que assumiu a presidência dos Estados Unidos, onde a área foi renomeada para "Golfo da América". Essa mudança pode ter impactado a decisão recente dos serviços de mapas.
Essa situação é mais um exemplo das complexas interações entre governos e empresas de tecnologia em relação à representação geográfica. Questões como essa e outras relacionadas à tecnologia, frequentemente influenciadas por ordens de Donald Trump, são frequentemente abordadas em TecMundo. Os leitores podem acompanhar outras novidades, incluindo o retorno do app TikTok às lojas de aplicativos e as polêmicas envolvendo o currículo de alguns membros da equipe de Elon Musk.
